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Se Tom Hooper já me tinha encantado com "O Discurso do Rei", agora arrebatou-me por completo. Uma delícia de filme, do principio até ao fim das suas 2 horas e meia. Atuações cruas, de sentimentos filmados em grande plano, entregas totais de atores que conhecemos bem, mas que neste filme nos mostram até a sua alma, e que nos tocam profundamente. Somos envolvidos nas imagens belíssimas, como se de quadros pintados em tela se tratassem, obra de quem se preocupa com o detalhe e harmonia de cada uma das cenas. O obrigar os atores a cantar ao vivo foi de mestre, uma vez que assim nos conseguem passar uma enorme densidade emocional, que julgo raras vezes ter antes visto. Hugh Jackman surpreende, está belíssimo, e só perderá o Oscar porque tem um Daniel Day-Lewis à perna, dizem que também fascinante como Lincoln, mas Anne Hathaway... Aparece em menos de um quarto do filme, mas consegue uma atuação mais do que digna de premiação. Fantástica, com uma entrega imensa, com as emoções à flor da pele, envolvente. Deixou-me fascinada. E depois dois bombons maravilhosos: Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter a dar o toque de comédia necessário para quebrar todo o dramatismo do filme. E Daniel Huttlestone, um menino cheio de vivacidade na pele de Gavroche. Enfim, podia ficar aqui eternamente... é imperdível e merece a experiência em tela de cinema.
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