quarta-feira, 31 de julho de 2013






 A sonhar com as férias... Faltam 3 semanas!

Cansada de lambe-botas que por trás só espetam facadinhas... Haja paciência para este Mundo em que o esforço é premiado com mais trabalho (quase) escravo e menos reconhecimento e o berço (apesar da falta de valores, respeito ou conduta adequada) é premiado com todas as regalias sem uma gota de suor. Habitua-te, é a vida, diriam muitos, ou, quem sabe, todos. Não me consigo habituar, digo eu. A onda de náusea que me percorre perante estas coisas surgirá sempre. E manifestarei sempre, nem que só pela minha expressão, o meu desagrado por ter de conviver com isto.

terça-feira, 30 de julho de 2013

3 períodos de urgência em 4 dias =
=

ou
Depois de um fim-de-semana de trabalho árduo, com muito poucas horas de sono, eis que chego a terça-feira cansada, mas com visitas tão felizes, durante o fim-de-semana e hoje, que me deram energia para o resto da semana. 
O meu G. iluminou-me o sábado, e o pedacinho que pude estar com ele de domingo, com muito carinho e dedicação, muito namoro e conversas que só se podem ter fisicamente e reforçam o que nos une. 
E o I., que está há 4 dias em casa (dedos cruzados com força!!), visitou hoje o Hospital de Dia, com outra cor nas bochechinhas, agora de algodão doce cor-de-rosa, sorridente como sempre, mas mais interactivo, com as análises estáveis, enchendo o coração das duas médicas que esperavam por ele, ansiosas. E o sorrisão dos pais? Cansados, mas tão tão felizes de o ter em casa? Não há dinheiro neste Universo que pague...
Enfim, venham mais semanas em contínuo, com estes doces pelo meio, que eu estarei cá para as curvas.

domingo, 28 de julho de 2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Há coisas que ouvimos que são como murros no estômago, arrastando consigo um manto de nuvens cinzentas, de dúvidas e de tristeza que encobre o mais limpo dos céus. A palavra dita não se apaga, fica gravada na memória de quem a ouve, retumbante de início, guardada em caixinhas reabertas ocasionalmente, depois. Não é rancor, é memória. E algo muda para sempre. Um fiozinho desconecta-se nas nossas ligações cerebrais e não há electricista que o arranje. O tempo fá-lo menos instável, elimina os curto-circuitos iniciais, mas não une o que se rompeu.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ter medo de ser feliz. Desacreditar da boa sorte. Esperar o trovão num dia de sol. Esperar o pagamento por dias perfeitos. Mereço? Talvez ainda não... Talvez finalmente... Acreditar na lei das compensações não é só acreditar que se recebe pelo bem que se faz... é preciso pagar pelo bom momento com o mau?
A maior luta que travamos nesta vida é contra nós próprios.

F.

E hoje foi a vez do F. fazer anos. O F. roubou parte do meu coração há 4 anos atrás. Ele tinha 3 anos quando nos conhecemos. Fazer-lhe a visita no internamento era, literalmente, doloroso... Mordia-me, pontapeava-me, beliscava-me... E eu ficava tristíssima por vê-lo correr para os braços dos especialistas, quando a mim me recebia com 7 pedras na mão, apesar de todos os meus esforços. Mas este foi apenas o primeiro embate. Acabámos o meu primeiro ano de internato muito amigos, com ele ao meu colo enquanto eu escrevia mais uma das suas notas de alta. Já o vi, infelizmente muitas vezes, gravemente doente... Já chorei, o que não podia chorar no trabalho, ao ver uma reportagem na TV em que ele mesmo contou a sua vida, passada, quase integralmente, no hospital...
Hoje ele faz 7 anos. No Hospital novamente. Teve direito a tudo o que merece: mesa de bolo e doces, balões, muitos presentes, e os pais, os meninos internados, os enfermeiros, as educadoras, os auxiliares e alguns médicos, enfim, a família que ele conhece, a cantar-lhe os parabéns. E ele com a maior expressão de felicidade que possam imaginar... Fiquei com os olhos toldados ao vê-lo assim, feliz. E lembrei-me que é por isto que me levanto todos os dias de manhã para trabalhar.

W day - choices

Companheiros de fotografia escolhidos.
Recomendo vivamente a visita do blog: 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Meu querido mês de Agosto? Not... 3 semanas e meia de trabalho = 9 turnos de urgência. 
Isto se não me inventarem ou trocarem algum, o que hoje em dia é cada vez mais frequente...
Posso fugir?
Preciso mesmo de (chegar viva às) férias!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

7 meses fez ontem o I. Festejámos o mesiversário. O 7º passado num Hospital. Ainda não conhece a sua casa. Um percurso muito difícil, com muitos penhascos e desfiladeiros, graças a uma Natureza que nos dá tanto, que é tão incrivelmente surpreendente, mas que também ela erra, também ela é amargamente imperfeita... O I. depende de uma maquineta para se livrar de tudo quanto é impuro, uma vez que os seus rins não o conseguem fazer... Logo ele, que é o cúmulo da pureza, com olho gigante e atento, bochechinhas pálidas e fofas como nuvens, sorriso carmim, que derrete a pedra mais dura de todas as pedras da calçada, e gracinhas que nos fazem colar naquele quarto onde só entramos de bata, máscara e luvas... Depois de vezes sem conta ser planeado, mas nunca concretizado, devido a malditas infeções que decidem invadi-lo através da portinhola aberta na barriga, o projeto alta está de novo em andamento. Médicas medrosas vivem o dia-a-dia com o coração nas mãos, abrem os estudos analíticos sempre com receio que o plano traçado caia novamente por terra, alegram-se e vibram quando ele consegue mamar um pouco mais, vomita um pouco menos, filtra cada vez melhor... E uma mãe gere, mais uma vez e sempre, a expectativa. Quer muito levá-lo para casa, tanto, que ela mesma assumirá a tarefa de gerir a maquineta horas e horas a fio, o já está muito capaz de fazer, mas que é uma tarefa hercúlea. Será duro, muito duro, avisamos nós. Quero-o em casa, reponde ela. Recebe-nos sempre com olhos transbordantes de ansiedade e nós só queremos dar-lhe boas notícias, dia após dia. E vamos dar. E aos 7 meses o I. vai conhecer a sua casa. É essa a esperança, é essa a luta, e recuso-me a pensar no contrário.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Que dia... desde ontem sem pregar olho, numa das mais dolorosas diretas da minha vidinha... Lentamente e finalmente permito agora ao corpo aquilo que contrariei o dia todo... 
Beggining shut down.

W Day - places

A Igreja.




O local da festa.

Done ♥ ✓

sábado, 13 de julho de 2013

Para o ano abraço mais um tarefa... a de docente voluntária da cadeira de Pediatria do 5º ano da Faculdade de Medicina. Se conseguir encantar nem que seja uma alminha para a área que amo, serei uma assistente feliz! Se voltasse atrás, mesmo sabendo as dificuldades que enfrentamos, mesmo sabendo que limpamos o chão onde muitas outras especialidades, que se pensam superiores, gostam de pisar, escolheria de novo a Pediatria. Não há mais nada no Mundo que me imagine a fazer e isso aquece o coração e cintila no olhar. Espero encontrar esse brilhozinho nos olhos de quem estará a aprender.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O fim-de-semana foi em pleno, cheio de calor intenso tanto na superfície do corpo, como dentro do coração... Casamento de amigos, muito especial, com dança até já não poder mais, muitas risadas, algumas lágrimas emocionadas e muito am♥r! Parabéns R. estava tudo perfeito e tu uma noiva linda!!! E no dia seguinte mais um tour quintas de casamento em Viseu, em família, que veio baralhar a cabeça desta noiva que vos escreve. A balança está equilibrada e só os detalhes a farão pender para qualquer um dos lados... Decisions, decisions...
O que dizer do calor? Frito em amianto na consulta, frito no caminho, frito em casa, não durmo e o meu objetivo noturno é matar melgas. Praia? Uma miragem no finalzinho de Agosto... 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

...

Não que eu acredite ou defenda a abstenção, mas neste momento é levantar as mãos aos céus e entregar ao Divino porque aqui em baixo não há ninguém que nos valha (os com algum valor(es) fogem ou estão demasiado ocupados ou não querem ser carne para canhão e dirigir um barco que afunda lenta e incontornavelmente). 

W Colour Palettes