... de pessoas que diabolizam os outros, imputando-lhes culpas, para encontrar a sua própria paz interior.
... de quem julga sem saber os dois lados de uma história.
... de pessoas incapazes de dizer a verdade, ziguezagueando em sorrisinhos e falas mansas, para se dar bem com todos e ser sincero com nenhum.
... de pessoas vingativas.
... de injustiças que põem em causa o trabalho e dedicação de uma vida.
... de pessoas que se acham acima de qualquer outras em inteligência, poder, capacidades.
... de falta de humildade, verdade e dádiva no coração.
Muitas coisas que se passam no meu local de trabalho e satélites têm destruído a minha ingénua crença de que ainda existiria uma réstia de justiça e respeito pelo mérito de cada um. E isso revolta toda e cada uma das minhas células, porque tomo as injustiças ao outro como potenciais injustiças pessoais, como reflexos do que poderá vir a acontecer-me e quase asfixio ao pensar que todo o esforço, todo o investimento, toda a dedicação pode um dia ser tratado como lixo por alguém.
Assim fica muito difícil manter o brilho nos olhos e a luta constante pela tona quando tudo, mas tudo, nos tenta puxar para o fundo.
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