Para mim este ano isto tem bastante mais significado. Vou trabalhar dia 24 e dia 25 de Dezembro à noite. Ou seja... vou passar o dia de Natal a dormir. Custa? Claro que sim. Estarei longe da minha família (aflige-me pensar que poderá ser um dos últimos Natais dos meus avós queridos) e do meu amor. Perguntei aos meus colegas como é passar o Natal na urgência (até agora tive a sorte de não o fazer). A resposta foi curta e seca. "É triste." Tentei arrancar um pouco mais, apesar de já estar tudo dito. "Há comida, todos nós trazemos algo, paramos um pouco para comer bolo-rei, mas..." E a voz calou o que já se entendia com a primeira resposta. Falta a família, faltam os nossos. Há coisas piores? Há. Ao menos estarei a fazer o que gosto, a tentar dar alegria a quem recorrer aos meus cuidados e ao menos tenho trabalho. Daqui até ao Natal, tal como até aqui, será Natal todos os dias. Porque o Natal é dar o melhor de nós, sem esperar receber. Vou colocar isto na minha cabecinha e tentar sorrir todos os dias, em vez de deprimir.
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