sábado, 19 de novembro de 2011

Não gosto...

Não gosto de cinismo.
Não gosto de faltas de consideração.
Não gosto de pessoas que não levam a amizade a sério.
Não gosto de desonestidade.
Não gosto de pessoas que se valem dos seus conhecidos para subir na carreira.
Não gosto de factores C.
Não gosto de lambe-botismos.
Não gosto de pessoas que não pensam na medicina como um serviço e não têm respeito pelos seus utentes.
Não gosto da falta de responsabilidade pelos doentes que alguns novos internos demonstram.
Não gosto de, como funcionária pública, pagar mais que os privados para uma crise que não criámos (nós funcionários públicos) sozinhos.
Não gosto de ouvir o Ministro da Saúde dizer que há 1000 médicos a mais no SNS, quando, o que se passa é que, cada vez mais, cada médico faz o trabalho de 3 ou 4. E é mal pago.
Não gosto de ver o meu ordenado base fugir por entre os crivos dos impostos para ir parar às mãos de quem passeia, passa a tarde no café ou nas comprinhas, vivendo do subsídio de desemprego (refiro-me claramente a quem está nesta situação porque quer, recusando trabalho porque é mais fácil viver de subsídios e não a quem se vê forçado (pela má gestão deste país por quem nos governou e governa) a estar nesta situação porque sei que para esses não é fácil).
Não gosto da revolta que estas coisas me dão.

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