Por onde
começar? Foi das melhores semanas da minha vida! Ao lado do meu
Amor, a passear por cidades deslumbrantes e... a pisar novamente solo português
como noiva! O pedido dele seria sempre especial, em qualquer lugar do Mundo, em
qualquer circunstância, e assim foi, único, nosso e inesquecível. Com Veneza aos
pés, na escadaria da Basílica de Santa Maria della Sallute e, por coincidência
das coincidências, depois de ter acendido uma vela ao Santo António no interior
da mesma. O sentimento cresceria sempre e permaneceria forte independentemente deste novo passo, contudo não nego que sabe/está a saber muito bem dá-lo. Estava muita gente à volta,
mas naquele momento éramos só os dois. Palavras e anel (lindo!!) trocados, tendo como pano de fundo uma cidade que ficou
no topo das minhas preferências. Dizem que se ama ou
se odeia Veneza. Eu venerei. Cada viela labiríntica é uma imagem de cinema, tem recantos que parecem desenhados por pintor e um espírito
indescritível, só sentindo. Tropeça-se em basílicas e igrejas belíssimas. E com a enorme vantagem de se estar sem ver ou ouvir carros durante a estadia... Só vielas de água, algumas, autênticas auto-estradas, com um movimento incessante, ladeadas por edifícios de cores quentes, recheados e transbordantes de história. O hotel era um amor, super bem localizado (recomendo - Hotel San Luca Venezia), com quartinho ao melhor estilo veneziano, sendo que até tivemos direito a um simpático up-grade. E depois a ilha de Murano (também nos ofereceram a viagem de ida por táxi aquático no Hotel) com os seus vidros multi-coloridos, tal como muitas outras que pudemos ver apenas do barco, a comidinha Italiana e gelados fantásticos compõem um cenário
tão saboroso como deslumbrante. Será sempre mais uma das nossas cidades ♥
Outras sugestões a não perder: geladinhos na Venchi (o meu noivo ;) adorou os de chocolate), cicchetti (petiscos) na Cantina do Mori e um cocktail veneziano (spitz) no Ai Do Draghi.
Seguimos depois para Verona. Uma cidade pitoresca, com a sua Arena bem preservada e, claro, com a famosa Casa de Giulietta. Esta última meramente comercial, tristemente pouco cuidada ou respeitada. Centenas de milhares de pastilhas elásticas recobrem as paredes contendo ou sustentando juras de amor. Para além delas, milhares de cadeados e duas lojinhas estratégicas constituem a base da famosa varanda e ladeiam a estátua da própria Giuletta, à qual é impossível tirar um foto sem apanhar um turista a colocar a mão num dos seios (sim, ridículo mesmo...). A Piazza delle Erbe é encantadora e merece a visita também. E em Verona comi o melhor gelato. Se lá forem parem na Gelateria Emmanuel, vale mesmo a pena ;)! Não nego que a abandonei com um gostinho de desilusão. É uma cidade linda, mas esperava mais, talvez porque comparada com Veneza que me arrebatou...
E, de seguida, Milão. Capital da moda. Com lojas de enlouquecer, mas claramente a última no ranking deste trio. O Duomo é deslumbrante. É verdade que se sai do Metro e se sente um baque perante a grandeza. O interior vale a visita e o perder tempo a admirar cada detalhe. As Gallerias Vittorio Emanuele são pequenas em relação ao que imaginava, mas muito bonitas. Atravessando-as chegamos ao La Scalla e desiludimo-nos, pequeno e sem graça, mais à frente e após uma caminhada (quantas fizemos...) chegamos ao Castelo Sforzesco e somos abalroados por muitos vendedores ambulantes mal intencionados, apesar disso segue-se o tranquilo parque Sempione encimado pelo imponente Arco della Pace que valem os kilometros. Pelo caminho é essencial uma visita à Pinacoteca di Brera, com obras fascinantes do Renascimento. O problema de Milão é que fora estas zonas e o Quadrilatero de Ouro (zona das lojas em que só se olha e não se compra, se se tiver a minha conta bancária) há muitas zonas pouco limpas e pouco cuidadas. Sugestões gastronómicas: geladinhos da Grom, panzerotti Luini (perto do Duomo, baratinhos e muito bons), as famosas pizzas Spontini (em que a fila é tanta que estamos a acabar de engolir e já temos alguém a sentar-se na nossa mesa) e um restaurantezinho na zona de Navigli (zona de canais construídos para o transporte do mármore necessário para edificar o Duomo), o Luna Rossa em que comemos a especialidade - uma quantidade incrível, mas deliciosa de pasta ai frutti di mari!
Durante a estadia em Milão, demos uma escapadela ao Lago Como. Lindo, brilhante, a espelhar o céu e ladeado de montanhas e neve, casas fantásticas em sucalcos e vielas bem cuidadas a circundá-lo onde apetece estar e passear. Vale mesmo a visita.
Podia estar aqui horas a escrever, mas é impossível reproduzir fielmente sentimentos, sensações e imagens que guardarei com todo o carinho na retina e no coração. O mais especial de todos, o nosso, ou os nossos, que todos juntos foram uma reprodução do quão felizes somos juntos, ali ou em qualquer ponto do Mundo.
Adorei!! Fico muito, muito contente que esta viagem tenha corrido tão bem e tenha sido tão importante para vocês! Gostei muito das fotos, estás uma pro! Spitz, panzerotti, gelados italianos!! Que saudades... Italia sarà sempre la bella Italia. Bacini*
ResponderEliminarJá tive a oportunidade de passear bastante mas ainda no outro dia comentava que ainda não fui a Itália e que isso era uma grande falha. A ver vamos se no futuro o destino me permite concretizar mais esse desejo.
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