quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Ainda bem que a nossa mentalidade é moldada pelo que a vida nos mostra. Uma criança que vive num orfanato não tem um desenvolvimento igual e não é levada a atingir o seu exponencial porque não tem a atenção e amor que deveria ter só para si. É um passarinho de asa quebrada... Precisa de colo e não tem sempre que precisa, precisa que brinquem com ela (brincar é a maneira mais maravilhosa de aprender) e muitas vezes está sozinha no seu berço... As crianças precisam de pais, as crianças precisam de um lar. Dois pais, duas mães, um pai ou uma mãe e uma família que os apoie... Seja como for, as crianças merecem ser adoptadas por quem lhes consiga dar um amor não dividido. Com a vigilância e o controlo necessários para assegurar que tudo corre bem, cada adopção bem intencionada é uma benção que traça um destino muito mais risonho para a criança, que lhe abre as portas para atingir tudo aquilo que ela pode ser. Se antes não pensava assim, depois de frequentar a consulta que agora frequento, depois de ver meninos internados que estão institucionalizados e os atrasos de desenvolvimento que apresentam, depois de os ver meses e meses connosco porque ninguém os quer, mudei claramente de ideias... Não quero com isto dizer que as instituições não dão o seu melhor por estes meninos. Muitas dão e esforçam-se por criar um ambiente familiar e acolhedor. Mas não é a mesma coisa, nunca é.

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