quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A greve...

Há direito há greve? Há, como é por demais evidente, mas também há o dever de cumprir serviços mínimos. É revoltante ver pessoas com a sua vida devastada porque não há um autocarro (não se vê um sequer a circular pelo Porto) que as leve ao trabalho (quando também têm direito a não fazer greve), ao hospital, à farmácia... Eu tive de recorrer ao táxi hoje e gastar imenso dinheiro. Mas e quem não o pode dispensar para tal? O taxista que me trouxe a casa contou casos de pessoas que transportou apenas a metade do caminho e que, apesar de avançada idade, tiveram de andar quilómetros a pé porque o dinheiro não chegava para mais...
Por outro lado, não se pode usar a capa de uma manifestação bem fundamentada para recorrer a violência indiscriminada. A violência contra agentes policiais, que não estão mais do que a cumprir o seu serviço, é puro vandalismo e deve haver duras penas para estes criminosos. Agora vamos todos ter peninha dos manifestantes que sofreram a investida da polícia após terem incumprido todas as regras de um estado de direito?! A provocação tem limites, os distúrbios têm limites e a liberdade dos outros foi quebrada violentamente. Fogo, garrafas partidas, pedras da calçada arrancadas e arremessadas, carros danificados, estabelecimentos fechados prematuramente... Não é assim que se fazem explicitar os desgostos pela crise, não é assim que se manifesta a defesa pelos nossos direitos, não é assim que se cumpre Abril.

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