Estávamos mesmo a precisar de um fim-de-semana assim. Dedicado ao namoro e claro... à gastronomia e ao passeio. Apesar de estarmos doentes, deu para aproveitar (e saborear) cada momento. Longe do caos onde tenho andado submersa, e perto do que me faz feliz.
Depois de uma sexta e manhã de sábado de aulas, na boa companhia da A. e da R., o tempo foi dedicado inteiramente a nós (com prejuízo de alguns encontros, peço desculpa por isso).
E por onde andámos? Por uma Lisboa com ar muito vintage, mas extremamente moderna e actual, não esquecendo alguns marcos, já instituídos, da cidade. (as imagens seguintes relembram-me a necessidade urgente de dieta)
O jantar de sexta foi na Taberna Ideal, em Santos. Apesar da espera pela nossa reserva (há apenas dois horários para jantar, um às 20h e o outro apenas às 22h30), que nos fez desesperar um pouco dado o nosso cansaço e fome, valeu mesmo muito a pena. Ambiente meia-luz nostálgico, paredes repletas de publicidade antiga, cadeiras de madeira todas diferentes, empregados simpaticíssimos que nos fazem sentir em casa e gostam de reforçar que ali tudo é português (menos a coca-cola) e uma comidinha simplesmente deliciosa, compõem o local. Dividimos 4 petiscos (ressalvo a tiborna de queijo de cabra, mel e alecrim) e 2 pratos principais (o bife é divinal) pelos quatro, um bom vinho e um pijaminha de sobremesas e saímos com (muita) vontade de regressar.
Empada de Caça (a escolha dele)
D. Amélias, um bolinho de mel de cana, dos Açores (a minha escolha)
O lanche do dia seguinte foi na Mercearia Criativa, sendo o único ponto de paragem numa tarde repleta de recados e tarefas, que, até elas, parecem agradáveis passeios quando divididas com a nossa pessoa especial. É um espaço muito giro, em que voltamos agradavelmente ao passado quando os nossos olhos pousam nas sombrinhas Regina ou nas pastilhas Gorila, mas que oferece uma escolha muito vasta e atualizada em termos de vinhos e mercearias de todo o país (trouxemos para casa a Manteiga Marinhas, p.ex., distinguida pela Wallpaper como uma das 13 melhores a nível Mundial e que é tão simples como deliciosamente produzida numa empresa familiar de Esposende e embrulhada em papel vegetal).
Depois da tarde de corre corre, mais um jantar tardio... Foi difícil sair de casa quando o cansaço de dias cheios e noites cortadas pela tosse só nos empurrava para o quente das mantas... A escolha foi a "Tasca da Esquina". Depois de uma taberna, a tasca, esta ainda por cima pelas mãos do Vítor Sobral, parecia uma escolha acertada, mas infelizmente não foi... Gostava de poder dizer que devido às nossas más escolhas, mas um chefe não deveria errar tão redondamente em 3 petiscos seguidos, mesmo que estes não fossem o ex libris do local. Lascas de bacalhau com batatas traduzidas em batata palha com ovo estrelado e finas fatias submersas de bacalhau salgado ou cogumelos gratinados também eles extremamente salgados levaram à nossa total desilusão com o local... Talvez os menus de degustação sejam uma aposta mais segura, mas, apesar de ser um espaço giro, não nos convenceu minimamente e não nos fez ter vontade de voltar.
E para rematar um fim-de-semana calórico, na tarde de Domingo, marcada pelas necessárias comprinhas e por um passeio molhado pelos Jardins da Gulbenkian, fomos provar os afamados croissants do "Careca" do Restelo. Uma pequena e saborosa bomba, quentinhos e muito açucarados, justificando a casa (sempre) cheia.
E pronto, assim foi... Regressei ao Porto (com mais uns kilos e) com energias renovadas, recuperada da minha tosse (graças ao antibiótico e aos miminhos do G.), mas com uma neura monumental, só para não variar... Comecei a semana com uma reunião com elevados e perigosos níveis de stress, seguida de uma noite interminável de urgência e amanhã para lá volto. O que vale é que a semana é curtinha e quinta regresso à capital, para te celebrar e para juntos mergulharmos no concerto de Bon Iver. Há que retirar energias destes planos futuros para aguentar a semana.
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