quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sou uma rapariga de sorte, não há dúvida. Sorte na família que me calhou, no namorado que tenho, nalgumas pessoas fantásticas que povoam a minha vida, no trabalho que não me falta... Bem... este último item não sei bem se se pode encaixar na sorte. Para chegar até aqui houve muito esforço e trabalho pessoal, muito investimento meu e dos meus pais, e agora que cá cheguei, no dia-a-dia, nem sei muito bem se tenho sorte ou azar, porque entre colegas talvez não seja assim tão sortuda... Claro que dou graças a Deus por ter o que fazer, de amar o que faço, de trabalhar naquilo em que sonhei e para o qual me formei, sobretudo face ao flagelo desesperante do desemprego neste nosso retângulo de país (15%? como chegámos até aqui??!), mas aquela parte do "tive uma noite calmíssima, quase sem doentinhos" para mim não é frequente. Nada frequente. Noites sem parar são a minha especialidade, Inverno ou Verão... Nada de muito grave, não atraio catástrofe, graças ao Senhor, mas atraio doentinhos, muitos doentinhos. Na maioria das vezes é bom, porque uma noite em claro sem ter o que fazer é desesperante, mas há aquelas noites em que o corpo e o raciocínio asteiam a bandeira branca, pedem rendição, pedem um bocadinho de descanso... Enfim, é sair do turno (isto quando não tenho de continuar a trabalhar, de direta), pensar em ursinhos carinhosos (técnica muito usada pela minha pessoa na infância, para adormecer), contar carneirinhos, usar de sei lá mais quantas técnicas esperando que o sono venha dar descanso ao neurónio e ao músculo, acalmar as sinapses e retemperar energias, para mais uma jornada.

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