quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Não consigo. É mais forte que eu. Eu que sou uma virginiana mega racional e ponderada, docinha e calma, perco o meu tino quando me atacam directamente, mas sobretudo quando atacam os meus (família e/ou amigos) (e vá nos jogos da selecção, quando estou para aí virada). A impulsividade apodera-se do meu corpo, sobretudo da minha boca e por vezes dos meus dedos no teclado. Não perco o nível, que educação foi algo que os meus papás me deram e que muito prezo. Jogo mais no campo da ironia e acidez, mas não me contenho. Tenho de falar ou agir senão rebento pelas minhas costurinhas. E falo nisto agora porquê? Em primeiro lugar porque neste momento há um elemento muito próximo da minha família numa situação de exposição pública em que o ataque gratuito é constante. E mói-me. Não fui feita para isto, não consigo desligar. Em segundo lugar porque hoje tive um dia (de muitos nas últimas semanas, digamos que foi a gota de água) de ataques constantes por parte de algumas senhoras enfermeiras do bloco, que me enxotaram dentro da sala, não permitindo que eu visse o que fosse, apesar de estar a respeitar as áreas proibidas, e ainda insinuaram que eu e as minhas colegas parecíamos galinhas (não, não estávamos a falar ou a rir alto, estávamos simplesmente encostadas a um corrimão a descansar as perninhas entre cirurgias). Já não tenho idade nem paciência para este tipo de coisas. Estivesse eu num dia sim e talvez não me chateasse, mas quando já se anda saturada, cansada e ainda por cima doente, estas coisas não caem bem e lá saquei da minha "piruca" de leoa e saíram algumas respostas mais tortitas, com apoio dos cirurgiões presentes, benza-os Deus.

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