sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Solidão

"Em oito anos nunca ninguém achou estranho um desaparecimento tão súbito. Em oito anos nunca ninguém questionou o facto de o cão que acompanhava a senhora não vir à rua passear. Em oito anos só uma pessoa, uma vizinha, teimou e persistiu na ideia de que ali havia qualquer coisa de anormal. Na hora da morte, muito provavelmente também já na fase final da vida, esta mulher contou apenas com a companhia e com a dedicação de um animal que um dia abrigou. Morreram os dois. Em oito anos, só uma pessoa se interessou."  

Faço minhas as palavras da Maria.
Dói no fundo do ser pensar na solidão absoluta...só cortada pelo amigo fiel que a acompanhou até ao fim.

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