Li algures que o Porto está a soltar-se de uma camisa de forças. E assim parece. A cidade parece eclodir, soltando e libertando a alegria que há muito vivia contida nos seus sombrios contornos. Este fim-de-semana ficámos boquiabertos com o movimento que vimos por todas as ruas da baixa durante uma noite que se previa de chuva. Nas Flores havia dança na Rua, que estava decorada com vasos cheios das que lhe dão o nome, e imensas pessoas a jantar em esplanadas. As Galerias vibravam com a mistura de música e conversas animadas de amigos entre copos. O Porto tem tanto mas tanto para explorar por estas ruelas. Sempre mais um bar, mais um restaurante, mais uma loja cheia de pinta. Vale tanto a pena visitar, revisitar, viver esta cidade que soube juntar ao seu "ar grave e sério", que mantém como traço de caracter e identidade forte, de um orgulhoso ser, laivos de modernidade, de novidade, de alegria cosmopolita que só lhe acrescentam essência.
Nós, desta vez, conhecemos um bar que amei. Tão cheio dessa fabulosa união do antigo, com paredes repletas de livros e ilustrações, peças lindas da Bordalo Pinheiro, com o actual, com uma música ambiente no ponto certo, as bebidas que queremos beber, num local onde sabe tão bem estar.
"Há na baixa uma livraria-bar encantadora que traz para o século XXI o charme das memórias quase centenárias da livraria Fernando Machado, fundada em 1922, e apresenta agora um conceito moderno e multifacetado onde os livros convivem par-a-par com chás, vinhos, petiscos e música. A Livraria da Baixa tem um ambiente de charme acolhedor e genuíno que advém do facto de manter o seu carácter original, desde a fachada de madeira trabalhada às estantes antigas, passando pelo antigo chão entabuado e pelos espelhos que parecem refletir imagens da época." - Oportocool
Um gin para ele e um porto tónico para mim. Assim se fez a noite de sorrisos e cumplicidade, com a melhor companhia do Mundo.
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