quarta-feira, 6 de junho de 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012


Take care of your soul.
E agora para aligeirar os temas... Depois do desalento na clínica de estética, lá vai a Dee a uma consulta de Dermatologia, para mostrar os sinalecos e pedir conselhos. Quando se vira, diz a queridíssima Doc, "temos de fazer algo quanto a esta celulite coleguinha!!!". E pronto, desfaleci, de novo. Mas não caio sem dar luta... Já sei que não vou matar a desgraçada, que ela é imortal, mas com o preparado da minha DermoDoc e as massagens, bem como mais juízo nas idas ao Ginásio e na ingestão de água, espero deixá-la, pelo menos, em estado comatoso.
Continua o achincalhamento público aos médicos. O senhor Paulo Gaião, que não faço ideia quem seja, e tão pouco me importa, é capaz de escrever no Jornal Expresso "Na verdade, ao longo dos últimos anos, para satisfazer os interesses dos médicos, os portugueses tiveram menos e pior saúde." Ler mais: aqui. Saiba, senhor mal informado, que temos um SNS elogiado e invejado no Mundo inteiro. Saiba que somos um case study nomeadamente na minha área (Pediatria / Perinatologia). Vamos estragar o pouco que temos de bom? E ter cuidado em abrir vagas, fazer uma selecção, que pode não ser justa, mas é a possível, permitiu controlar o desemprego nesta área. Preocupação que não houve em muitas outras (ensino, direito) e que levou à situação vergonhosa que temos actualmente, com centenas de desempregados destas áreas, muitos sujeitos a empregos pouco dignificantes em relação ao seu grau de formação. Não é isto pior que seleccionar à partida?
Por outro lado, assistimos à contratação de médicos através de empresas, que não se preocupam com a famigerada qualidade a que o senhor Paulo Gaião se refere. O melhor preço-hora (Reportagem aqui). É este o critério. Agora pergunto, quando vai a um hospital público quer ser tratado pelos melhores ou pelos mais baratos? E que mal fizemos para sermos funcionários sem qualquer perspectiva de carreira? Sem perspectiva de progressão? Contratados à hora como picheleiros (com todo o respeito), mas pior pagos que estes, quando lidamos com VIDAS. Há tanta revolta nos gestores contra nós porquê? Enraizada naquela crença antiga de que o médico era o mais rico e privilegiado da povoação? Não são precisas estas medidas para serem vocês, gestores, os que agora mais dinheirinho têm no bolso. E não à conta de horas de trabalho e de dedicação, noites sem dormir, famílias desfeitas... É um desânimo só, ser interna assim... Não há perspectivas, não há carreira a construir e no entanto trabalho horas a fio, algumas horas nem me são pagas, esforço-me todos os dias até ao tutano, sem nada para almejar... O que é que eu acho que acontecerá com esta medida? A debandada maciça para o privado (enquanto este não rebentar também). Não nos julguem como materialistas, somos apenas profissionais, e falo por mim, amo o que faço e faço-o pelo Serviço ao outro, mas esta é a minha profissão, tem de ser remunerada na medida do esforço e risco que acarreta. O meu sonho é trabalhar no público, no meu país, mas para ser desrespeitada desta maneira prefiro sair de Portugal.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Catherine, once again...

Flawless at the Diamond Jubilee celebrations in Alexander Mcqueen.
Todo o discorrer de pensamentos que se segue partiu da seguinte ideia: pior que um lambe-botas queridinho do chefe, só mesmo um lambe-botas do lambe-botas queridinho do chefe. O segundo consegue ser preguiçoso ao ponto de não se esforçar para ser o melhor ou chegar perto, pensando ser suficiente aliar-se ao preferido para ter um lugar ao sol. Não tolero, não cabe dentro das minhas regras morais e éticas. Mas também há que pensar que burra sou eu, como dizia o saudoso Scolari, que me esforço demasiado, sempre, não lambo botas, nao tenho perfil nem paxorra para tal, e por isso estarei sempre destinada ao segundo plano. Não um segundo plano para os meus doentes, mas definitivamente um segundo plano para os meus chefes. Nesta vida é assim.. Há os "working ones" e há os "golden ones". Os últimos têm a fama de ser bons, mas não precisam de largar uma gota de suor para o ser. Fogem do trabalho como o diabo da Cruz, contudo, são, para todos os efeitos, os mais esforçados e trabalhadores deste universo. Como eu costumo dizer, vão de Ferrari com a gasolina paga e levam os seus lambe-botas pessoais no banco de trás. Eu vou de junta de bois, com esforço, mas lá chegarei. E vou a aproveitar a viagem, apesar do cansaço. E depois tenho um grande defeito partilhado com a minha amiga A. ... Não sabemos dizer que não. Se souberem de algum "crash course" para se aprender tal coisa, vocês avisem, que estou precisada. É que quem diz que não quer fazer este ou aquele turno, chateia na altura, mas depois é tratado com maior deferência do que as totós que dizem que sim a todo e qualquer trabalho proposto, ainda que por vezes de graça e/ou prejudicando a sua vida pessoal. Enfim, ou a vida ainda não me ensinou muita coisa, ou então sou mesmo uma bambi inveterada, "born and raised" para trabalhar como se não houvesse amanha. Desculpem o desabafozito.

domingo, 3 de junho de 2012


O fim-de-semana começou com um curso aqui - The Hotel CampoReal Golf Resort and Spa. Dos melhores quartos onde já fiquei alojada, seguramente, mas com comidinha que deixou um pouco a desejar. Quanto ao resto, não me posso pronunciar, dado que o curso durou das 8h30 às 19h00 de sexta e fuji de seguida para Lisboa e daí para a minha terrinha. É um sítio onde apetece voltar para uns dias de relaxamento (para experimentar o DiVine Spa e gozar da belíssima piscina exterior envolta por campos de golfe sem fim...). 
E, entretanto, o fim-de-semana já está a acabar. E esta semaninha, que parecia promissoramente calma, já foi abalada por um início mais agitado com uma urgência noite inesperada hoje.