segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O pedantismo dá-me náuseas. A malta que hasteia o berço (dá-me arrepios de nojo esta palavra), que hasteia o dinheiro (sob a forma de múltiplos bens), ou que hasteia uma cultura que julga ter acima de todos os seres do Universo, não sabe o pobre que é. Pior do que este deprimente hastear de bandeira é o hábito de fazer pouco de quem não tem, ou tem menos, ou daqueles em relação aos quais estes seres iluminados se julgam infinitamente superiores em posição social (mais arrepios), pinta, conhecimento ou esperteza. Haja dó. O mais pobre dos seres é aquele que fundamenta a sua riqueza naquilo que tem e não no que é. Tal como a profissão não é um posto social de humilhação de terceiros, os bens são apenas um complemento do nosso viver feliz e o conhecimento é para ser partilhado com a humildade de quem tem sempre a aprender com a partilha. Publicações facebookianas fazendo pouco de quem frequenta a praia X, tem o carro Y ou usa a roupa Z, artigos de opinião de "supra-sumos da cueca" que têm um entendimento superior sobre toda e qualquer matéria, ou elitismos na conduta ao longo da vida, são motivos para o meu repúdio. Só peço ajuda aos céus para nunca cair numa destas falhas e se algum dia me virem a empinar o nariz, têm a autorização de me dar um valente estalo para me trazer de volta ao chão.

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