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quarta-feira, 30 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Não posso dizer que seja muito religiosa, mas esforço-me por acreditar em Deus, acreditar que há algo superior, que nos ampara, mas que é sobretudo uma paz, compaixão, bondade e excelência que nos serve de guia. Tudo isto muitas vezes colide com a minha formação científica. Apesar destas contradições falo muito com Ele e há uma oração que ficou guardada na minha memória e me surge nos momentos conturbados como é este, que me acalma, que me dá a segurança de que algo é constante, algo é perene, algo se mantém quando tudo à nossa volta quebra.
Nada te perturbe Nada te espante Tudo passa, Só Deus não muda. A paciência Tudo alcança Quem tem a Deus, Nada lhe falta. Só Deus basta.
Santa Teresa D'Ávila
Nada te perturbe Nada te espante Tudo passa, Só Deus não muda. A paciência Tudo alcança Quem tem a Deus, Nada lhe falta. Só Deus basta.
Santa Teresa D'Ávila
A atravessar uma tempestade anunciada, daquelas que já todos sabemos latente, que já esperamos, mas que uma brisa vai afastando de vez em quando, sem conseguir contudo evitar que se instale, em força, e que destrua a ordem, para, esperamos, ser construída uma nova e melhor realidade. É triste perder respeito por alguns dos "nossos", mas é o único caminho quando os nossos valores e moral, supostamente construídos por eles, não nos permitem o contrário.
sábado, 19 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Elegância
Tenho pena que muitas mulheres e homens tenham esquecido/nunca tenham sabido o que ela é. Vejo muito mais elegância em pessoas menos diferenciadas que em certos colegas de profissão. Elegância e delicadeza ficam tão bem.
The Fighter
Pensei que ia ver um filme acerca de boxe. Mais um Rocky. Mas o filme não é sobre boxe. Ou melhor, a maior luta neste filme não travada no ringue. É travada nas ruas, contra o crack, e em casa contra uma mãe dominadora e em total negação. O argumento não é a coisa mais fantástica, mas as actuações de Christian Bale e de Melissa Leo valem mesmo muito a pena e foram extremamente bem premiadas pela academia. Não sei se ando pouco crítica, mas tenho gostado de quase todos os filmes eleitos como grandes pela academia este ano. Talvez porque todos os que vi me tenham tocado de forma especial e é assim que o cinema deve ser.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Olhar
E há um dia em que o médico tem tempo de ir ao médico ser doente. E também gosta que lhe expliquem como se não soubesse e que dêem atenção ao seu problema. Para nós, hipocondríacos, é importante ter atenção a um problema que não inventámos, mas que nos atribuíram. Porque já é chato não ter atenção àqueles que nós criamos. Preferia que me dissessem que está tudo bem no fundinho do meu olho, por onde entram todas as imagens deste mundo. Não está, mas vou fazer tudo para prevenir que fique pior do que já está aos 26 aninhos. Vou ser uma boa doentinha e cumprir a prevenção. Apesar de hipocondríaca, tendo a ser péssima doente (meninos tapem as orelhas), falhar com tratamentos, parar porque me esqueço, enfim... Mas este é o sentido primordial, este é o sentido que me dá acesso a toda a cor, a toda a estética, a toda a arte, a ti, às paisagens, às coisas fúteis, às coisas belas, às coisas feias, ao Mundo inteiro que existe fora do meu infinito particular... E eu vou protegê-lo o melhor que puder.
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Alberto Caeiro, in Fernando Pessoa, "O guardador de rebanhos"
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Alberto Caeiro, in Fernando Pessoa, "O guardador de rebanhos"
domingo, 6 de março de 2011
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