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A contribuir para as águas de Março...

Dias cinzentos. Primavera chega depressa, cá dentro e lá fora.

Há tanta coisa no mundo que não percebemos/compreendemos/aceitamos...
Como é que alguém volta para os braços de um agressor?
Não julgo, mas não concebo estas razões do coração que a razão desconhece...

or unchangeable optimism to cope with the days, the uncertainty, the world.

Depois de 30h de trabalho seguidas (e que horas!!), com o corpo e a cabeça transformados numa paparoca, e depois de um sprint para arrumar os seus pertences, miss Dee dirige-se calmamente, com tempo, dentro de um taxi confortável, para a estação de camionagem, com o fim último de se abandonar ao sono durante as inúteis 2h de viagem que tem pela frente. Estava até a aproveitar o sol que se infiltrava pela janela e a reparar na beleza destes dias de inverno em que a primavera se intromete, quando...? Uma senhora de idade embate na viatura onde se encontra miss Dee e as suas malas... E numa fração de segundos passam-se minutos... já está atrasada, e agora apeada em plena Avenida dos Aliados com suas malas e seu cansaço... Passa mais um carro preto verde, e mais outro e, finalmente, um pára e leva-a, mas tarde demais... Ao chegar à estação o autocarro desejado já havia partido... Depois de muito praguejar interno, e muitas considerações sobre a compra de um daqueles olhos contra o mau olhado ou talvez um banho de sal grosso, agora que vos escreve, ri-se porque se a vida não fosse complicada, não era vida, e ela gosta tanto dela. Nighty night (sim são 16h30...).